Fala Tropa.
Tchê.... como falado no serviço deste jogo: "Clássico é clássico e vice-versa!!"
E não foi diferente, um baita jogo, na bola (na maioria das vezes), sem brigas e com gols, vários gols.
Novamente destaque para a grande participação de Tropeiros, tanto no campo, como na torcida, que superou todas as demais partidas deste ano e ajudaram o time no clássico.
O jogo começou com total domínio Tropeiro, tanto na defesa, que não sofria sustos, como no meio campo, que dominava todas as ações, viabilizando assim sucessivos ataques, o Estouro partia para cima do Chivas, e dessa forma não demorou para tirar o zero do placar.
Aos 10 minutos, após boa cobrança de escanteio de Nigui no meio da área, Tiago Dullius aparece livre e no terceiro andar cabeceia certeiro para o chão, deixando sem ação o goleiro e fazendo o primeiro gol do jogo.
E assim o jogo se manteve até os 25 minutos, quando ocorreram algumas alterações no time, e por consequência o Estouro se perdeu no jogo, o meio de campo não funcionava mais da mesma forma, propiciando um maior domínio do time do Chivas. Mas o Estouro explorava os contra-ataques, e bem.
Em mais uma jogada pela esquerda, um lance que merecia terminar com gol, a bola é cruzada rasteira na área, e Ramon aparece no lugar de centroavante aparecer, na frente do goleiro, sem marcação, e com um toque sutil, De Letra, toca para o gol, e milagrosamente, o goleiro pega no susto, defendendo um dos lances mais bonitos do jogo.
Aos 43 minutos, após se recompor em campo o Estouro retoma o ritmo, e Hudson, o maior ladrão de bolas do jogo, inicia o contra-ataque e recebe a bola na meia esquerda, na entrada da área, enquadra o corpo e na saída do goleiro, toca para as redes, 2x0 Estouro.
O primeiro tempo parecia definido, parecia, por que "Clássico é clássico e vice-versa" (tá manjada essa já né!), mas aos 45, em um lance despretensioso, o meio campista do Chivas dá um tutuzinho na bola, encobre a zaga, que marcava em linha, e encontra o atacante Rafinha do Chivas livre, na frente de Guilherme, ele dá um toque desviando do goleirão do Estouro e a bola vai mansinha, bate na trave e entra no gol. 2x1 e fim de primeiro tempo.
O segundo tempo inicia mais difícil para o Estouro, que novamente não se encontra em campo, e abre muitas brexas para o ataque adversário.
E logo aos 5 minutos vem o castigo. Um levantamento na área, a zaga Tropeira não afasta, e o atacante do Chivas cabeceia para o gol, Guilherme salva a bola que bate na trave, e no desespero, Nigui tenta tirar o perigo, chuta e a bola bate em John que vem em sua direção, gol de empate do Chivas.
O jogo fica mais pegado e mais nervoso, bastante truncado no meio campo e com poucas chances de gol, mas as melhores são de autoria do Estouro. Em mais uma das várias roubadas de bola dos volantes adversários, Hudson arranca para o gol, passa para Cleider e abre na ponta para receber, quando Cleider é atacado com um golpe de sumô, o volante do Chivas se agarra no meia do Estouro e o derruba, falta.
Na cobrança, a bola vai direto nas mãos do goleiro.
Guilherme também ajuda a manter o resultado operando alguns milagres, como numa cabeçada a queima roupa na pequena área, que ele espalma por sobre o gol, evitando a virada.
Mas o Estouro ainda tinha bala na agulha, aos 27 minutos do segundo tempo, num cruzamento da direita, a bola vem na marca do penalti, e encontra o artilheiro - assim como Romário na semi-final de 94, contra os grandalhões da Suécia - Chiquinho sobe e dividindo com o zagueiro, cabeceia no contrapé do goleiro, sem chances e 3x2 para o Estouro.
O jogo a partir dali parecia mais tranquilo, o Chivas não atacava mais com tanta força, após a marcação individual de John sobre o armador adversário, e o Estouro tinha mais posse de bola. O Estouro ainda teve Ronan expulso por falta no ataque, levando 1 amarelo e depois o vermelho, e o 2º amarelo, onde ficou.
Após o jogo, em conversa com o juizão, o mesmo admitiu ter se confundido.... Tudo que o Estouro precisava.....
Porém, e sempre há um porém, em um lance aparentemente tranquilo para a zaga Tropeira, a bola é mal espirrada, sobra no pé do atacante e é cometida uma falta.
Na cobrança, erro de posicionamento e três atacantes entram livre no primeiro pau, um deles, infelizmente acerta o pé e põe para o gol, sem chances para Guilherme. Empate quase no final.
O Estouro vai para cima, em busca do gol da vitória, e numa ótima enfiada de bola, Ramon recebe a frente do marcador, gira e arranca, dentro da grande área, espera a saída do goleiro e chuta forte, a bola bate na trave e caprichosamente vai para fora.
Último lance do jogo, que decreta o empate no clássico.
Destaque para a grande atuação de Nigui na lateral esquerda, substituindo o lesionado Krusty.
O Estouro jogou com: Guilherme, Tchaka, Ronan, Gusto e Nigui; André, Tiago Dullius, Cleider e Nego; Chiquinho e Ramon. Entraram ainda: Larvão, Professor, John, Édson, Hudson, Sidnei e Tchakinha. Fato inédito no Estouro, acabaram não entrando no jogo ainda, Dire e Niki.
Reportagem: EdI
Imagens: Tati
Bom Tropa.....
